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quinta-feira, 4 de agosto de 2011

MAKTUB(Della Coelho)


Enfrentar o deserto sem o pôr do sol a me guiar,

é a maneira mais fácil de por esta vida sem sofrimento passar.

No entanto quis o destino em meu sangue incrustarao nascer

a dor de jamais deixar de a ti eu sonhar beijar em meu viver.

Não sei o que fizemos para passar uma vida inteira em esperança,

mas sei que também me amas fazendo-nos um só em nossa eterna aliança.

Se às vezes tento de teu caminho me desviar,

é porque a tua ausência crucifica-me fazendo-me insuportavelmente sangrar.

Entretanto, ao mesmo tempo que orvalhos suavizam meu caminho neste deserto,

fazem-me jamais esquecer de que somente ao teu lado é o meu destino certo.

Em um segundo que posso o brilho de teus olhos contemplar,

desvio-me para que na beleza de teu olhar eu não me perca ao me encontrar.

Feita eu fui para em teus abraços o sopro do infinito conceber,

mas enquanto espero tua presença sinto meu ressonar enfraquecer.

Podem passar epopéias, poesias e ilusões;

és e serás sempre a minha única metade em multidões.

Necessário para mim é buscar uma razão para existir,

até que um dia finalmente comigo possas prosseguir.

Mesmo que eu tente tua parte em mim dilacerar,

levas-me contigo para de ti fazer-me sempre desesperadamente me lembrar.

Nesta espera que caminharemos lado a lado em solidão,

lembra-te sempre de meus olhos que ao mirar-te perdem-se na plenitude de minha eterna paixão.

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